domingo, 28 de novembro de 2010

O Tempo das Horas


Todos comentam do tempo, ao mesmo tempo em que esquecemos em que tempo nos encontramos. O momento de agora poderá ser o momento de sempre, ou de nunca mais.

O tempo das horas é diferente do tempo em que a gota solitária da chuva percorre o caminho do suicídio. Como não lembrar do tempo em que os olhos se encontram e neste instante a química do corpo transcende para outro tempo? Realmente não há necessidade de lembrar das horas, para que? Ainda mais, diante do tempo de um sorriso amigo ou então um choro fraternal.

Além disso, o tempo da saudade é desproporcional ao tempo da partida - a última passa voando, enquanto que a saudade não.

Será que a idade é realmente proporcional ao tempo das horas? Ledo engano! O ritmo do coração solitário possui um tempo diferente de um apaixonado. A paixão transforma o tempo, pois a angustia da chegada é diferente da tristeza da partida.

A solidão é o tempo que não passa, a angustia de um momento intimista que pode tornar-se benéfico com o tempo das horas. Sim. O tempo das horas existe, apesar de não ser o mais importante, mas se faz necessário quando preenche o vazio eminente.

Os dias, assim como tempo das horas, não existe no instante em que a mãe abraça seu filho pela primeira vez, ou quando o choro de uma criança se faz presente ao perder um ente querido.

O presente é o tempo das horas, mas o passado não é mais e o futuro nunca será, pois quando for tornar-se-á o presente, novamente podemos constatar que não basta o tempo das horas para tornar o tempo em tempo.

O vento é como as horas, em cada instante encontra-se em lugar diferente deixando um passado de memórias e um futuro de descoberta.

Portanto, a vida é o tempo, assim como fogo que: inicia, desenvolve e termina, mas cada instante ao seu tempo!

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